quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

23

É, a descrição de "quem vos escreve" mudou, parabéns para mim.
Agora vamos, parabenizem-me!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

tuiles passionnées

five o'clock tea

O mês de março ainda não chegou, mas as chuvas sim, tem chovido todos os dias aqui em São Paulo. Preocupados com eventuais goteiras no telhado? Relaxem! Já para a cozinha preparar estas deliciosas e crocantes telhas cor-de-sol, para o five o'clock tea. Façam seus próprios telhados com elas.

tuiles aux fruit de la passion

Tuiles aux fruit de la passion (telhas de maracujá)

50g de polpa de de maracujá passada pela peneira
50g de glucose (karo)
50g de açúcar
50g de farinha de trigo
50g de manteiga derretida, fria

Algumas sementes de maracujá para decorar


Misture todos os ingredientes, deixe descansar por 1 hora.
Numa assadeira untada com manteiga espalhe 6 pequenos discos de massa, com cerca de 10cm de diâmetro cada. Leve ao forno a 170° (temperatura baixa) para assar.
Depois de assados, retire do forno e rapidamente solte-os, coloque-os sobre uma superfície cilíndrica (um rolo de abrir massas por exemplo), dando aos biscoitos o formato de uma telha.

Nota do Daniel: É importante prestar bastante atenção na hora de assar, devem assar o suficiente para endurecerem depois de frios e não devem assar demais, para que não perca a bela cor do maracujá. Caso os biscoitos tenham esfriado antes de você os soltar, não se desespere, leve rapidamente a fôrma sobre uma chama do fogão e pronto, eles voltam a se soltar.

tuiles cor de sol

A receita é exatamente como a das telhas de framboesa, já há algum tempo tenho vontade de testar com maracujá, comentei com o Bergamo hoje de manhã e ele me deu algumas dicas, acabei nem precisando reduzir a polpa do maracujá, temia que não desse certo pela polpa do maracujá ser mais líquida que a das framboesas.
Ah, na xícara era chá verde ao jasmim, da Twinings, um dos meus favoritos!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

pescada de duas formas

papinha

Não sei qual das formas é mais simples. Na foto acima, simplesmente sequei bem (com uma folha de papel toalha) o filé de pescada, espremi algumas gotas de sumo de limão, um pouquinho de pimenta branca, passei por farinha de trigo e fritei em óleo vegetal já quente, temperei com sal depois de frito. Servi com estas batatas que já são um clássico aqui em casa, primeiro cozidas em água (sem cozer demais, antes de ficarem muito macias), depois assadas com bastante azeite, alguns ramos de alecrim e alguns dentes de alho. Ah, teve uma salada também, que servi junto mesmo, hehehe como num "PF".

peixe antes

Já nesta foto, fiz en papillote, com o que encontrei na geladeira. Sobre uma folha de papel vegetal coloquei tirinhas alho-poró, cenoura também em tirinhas, alguns tomatinhos, ramos de alecrim, um pouco de vinho branco e um pouco de sumo de limão, temperei com sal e pimenta, fechei bem o papillote (molhando as bordas para selar bem) e levei ao forno.

peixe en papillote

Na hora de servir é uma delícia furar o papillote com a ponta da faca, então abrir e sentir o cheiro de peixe assado. E o melhor, ambas as formas de preparo sujam pouca louça, são fáceis de preparar e também bem rápidas!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

estou só

"Bonjour, dit-il à tout hasard...
Bonjour... bonjour ... bonjour ... répondit l´écho.
Qui êtes-vous? dit le petit prince.
Qui êtes-vous... qui êtes-vous ... qui êtes-vous... répondit l´écho.
Soyez mes amis, je suis seul, dit-il.
Je suis seul... je suis seul ... je suis seul ... répondit l´écho."



"Bom dia, disse ele ao léu...
Bom dia... bom dia... bom dia... respondeu o eco.
Quem és tu? disse o pequeno príncipe.
Quem és tu... quem és tu... quem és tu... respondeu o eco.
Sede meus amigos, eu estou só, disse ele.
Estou só... estou só... estou só... respondeu o eco."



Trecho do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.


É, estar sozinho não é fácil, não só pela solidão, mas também pela comida. Não é fácil cozinhar só pra um, acabamos tendo preguiça de comer.
Desde que voltei faz uma semana que estou sozinho aqui em casa, acabo comendo só sanduíches e biscoitos.
Hoje resolvi fazer uma salada, não estava com muita fome. Algumas folhas de alface, alguns tomatinhos, pequenos pepinos de conserva, algumas lascas de queijo parmesão, um molho à base de mostarda e pronto, estava pronto meu almoço, acompanhado de dois pedaços de pão.


salada

Mas a formiga que mora dentro de mim falou mais alto. Senti vontade de algo doce. Então, inspirado numa receita de omelete doce que vi no livro "cozinha de bistrô", de Patricia Wells, resolvi inventar minha receita de omelete doce. Eis ela:

omelete doce

Minha receita de omelete doce com calda de pêras
(Para uma pessoa)

1 pêra descascada e cortada em 4 pedaços
1/2 xícara de açúcar demerara
1 colher de sopa de manteiga
1/2 xícara de rum escuro
2 ovos
açúcar refinado para polvilhar

Numa pequena panela, derreta a manteiga, junte o açúcar demerara e em fogo baixo deixe até que o açúcar tenha se derretido. Junte a pêra, mexa por cerca de 1 minuto, para que a pêra seja envolvida pelo caramelo, então junte o rum escuro, e sem parar de mexer cozinhe por mais 2 minutos.
Bata os ovos e numa frigideira com um pouco de manteiga derretida, espalhe os ovos batidos e deixe que eles cozinhem, não deve ficar muito mais de 1 ou 2 minutos no fogo. Dobre a omelete formando um canudo, transfira para um prato, polvilhe com açúcar e cubra com os pedaços de pêra e sua calda.

Com pouquíssimo trabalho, posso dizer que me alimentei bastante bem :)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Azeite ao limão

presente

No natal ganhei de presente da minha irmã esta caixa verde-oliva, dentro dela havia este azeite da Oliviers & CO e também uns grissini que não duraram nem até a foto. Minha mãe também ganhou um igual e andei experimentando lá na praia, o usei em peixes, saladas e também com o palmito lá da praia, em tudo ficou ótimo. O sabor é bem fresco, como se tivesse expremido um limão siciliano naquele mesmo minuto, além do sabor forte do azeite. No site vi uma dica legal, usá-lo em saladas de frutas. Alguém aqui já usou azeites em preparos doces? Ando com esta vontade, este o motivo dos biscoitos de ontem, quero agora fazer mais doces com azeite, especialmente com este, de limão. Sugestões?

presente

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Biscoitos de azeite

Depois das raivas, outra receita de biscoitos portugueses. Tive a idéia de fazer algo doce com um azeite especial que ganhei, sobre ele comento num outro post, acabei usando um azeite comum, de qualidade, mas comum.
Esta receita, portuguesa da região da Beira Alta, é do livro "cozinha tradicional portuguesa", da editora Verbo, livro que eu gosto bastante e recomendo comprarem.

biscoitos de azeite

Biscoitos de azeite (Beira Alta)

8 ovos
250g de açúcar
250ml de azeite
1,100kg de farinha de trigo (aproximadamente)
1 colher de sobremesa de canela em pó
açúcar e canela em pó para polvilhar
1 ovo para pincelar

Tomam-se 5 ovos inteiros e mais 3 gemas e batem-se com o açúcar e uma colher de sobremesa de canela. Junta-se em seguida o azeite, continua a bater-se e adiciona-se finalmente a farinha, batendo sempre. A farinha que se junta é a necessária para se obter uma massa que possa ser tendida. Formam-se então com a ajuda de farinha biscoitos em forma de S, que se pincelam com ovo batido e se polvilham com açúcar e canela. Estes biscoitos que devem ficar bem gordos (não achatados), levam-se a cozer em tabuleiros em forno bem quente durante cerca de 20 minutos.


Nota do Daniel: Não é uma delícia a forma como a receita é escrita? A receita é para uma quantidade enorme de biscoitos, eu a fracionei para uma quantidade bem menor. Uma outra dica é ralar a canela na hora, sempre prefiro à canela já comprada em pó.

chá preto com cassis

Os biscoitos me serviram para acompanhar um chá novo que eu comprei, preto aromatizado com cassis, delicioso!

preto com cassis

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Pescada com camarões e ervilhas

Uma das coisas que fiz lá na praia, bastante simples mas bem gostoso.
Adoro o sabor levemente adocicado das ervilhas junto ao molho de peixe.

pescada com camarões e ervilhas

Pescada com camarões e ervilhas

4 filés de pescada
500 ml de caldo de peixe (de preferência caseiro, ou então um cubinho dissolvido em água quente)
1 dente de alho
1 colher de farinha de trigo
100 ml de azeite de oliva
250g de camarões já limpos
100g de ervilhas frescas ou congeladas
salsa picada
sal e pimenta branca

Descasque e pique o dente de alho, o refogue no azeite até começar a dourar, junte a farinha de trigo e misture bem. Junte o caldo de peixe e deixe ferver por cerca de 1 minuto, então adicione o peixe ao molho com a pele virada para baixo, deixe cozinhar por cerca de 3 minutos. Vire os filés de peixe, junte os camarões e as ervilhas e cozinhe por mais 5 minutos. Acerte o sal e a pimenta, junte a salsa picada e sirva!

Nota: Caso tenha usado caldo de cubinhos, cuidado na hora de acertar o sal, o sal é o maior problema dos cubinhos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

a praia

Como eu havia prometivo, as fotos:

alaranjado
flor bonita
caminho da praia
bolacha da praia
ondas
cinza com alguma cor
pegadas do Dani
aurora
céu cor-de-rosa
pézinhos
flor bonita!
frutinhas selvagens

Tudo é belo, mas eu já não via a hora de voltar à megalópolis :)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

no escuro

no escuro

O que fazer quando há uma queda de energia? Foi o que me perguntei dia desses, sozinho lá na casa da praia, durante uma queda de energia. Pois bem, acendi uma vela aromatizada de chá verde ao jasmim, botei para tocar o adagio do trio em sol maior Hob XV: 41 de Franz Joseph Haydn (em mp3 gravada no celular) e me diverti lendo sobre arte francesa no século XVIII. Quando eu era pequeno sempre que havia alguma queda de energia, adorava. Algumas velas em castiçais e pronto, estava em outra época.
Mas tudo isso cansa, quedas de energia, mosquitos, calor, até mesmo pegar conchas na praia. Voltei para São Paulo, prometo em breve publicar algumas coisas que andei fazendo por lá e também algumas fotos bonitas. Lá é muito bom para se comprar peixes, também há o palmito cultivado por indígenas, que é delicioso para ser assado na própria casca.
P.S. A pintura do livro é uma das minhas pinturas favoritas, La récureuse, de André Bouys. Se repararem bem, verão ali uma panela de cobre, sendo polida pela criada alheia a qualquer coisa além do seu trabalho. Deve ser por isso que me identifico com ela :)