sábado, 21 de março de 2009

panelas brilhantes

La recouresse

Até mesmo no século XVIII, a criada retratada por André Bouys em "La récureuse" já sabia, não se pode ter panelas de cobre ou pratarias bonitas sem esforço. Não sei o que se usava naquela época, mas hoje em dia para cobre se usa Brasso® e para prata Silvo®, mais um pano macio e algum esforço e pronto, está tudo brilhando!

panelas de cobre

E as panelas ainda vão te servir como espelhos! :)

sexta-feira, 20 de março de 2009

multiculturalismo cativante

five o'clock tea

Outro dia eu estava tomando chá, olhando tudo que estava na bandeja dei risada, me lembrei de um comentário que Jean Paul Brigand do blog La cuisine du jardin fez sobre o meu blog no post "Cuisines de la diversité" (cozinha da diversidade), ele comentou o seguinte:
"La passion de bons produits dans un multiculturalisme captivant : La cuisine d’un brésilien francisé: Panela de cobre - casserole en cuivre" (A paixão por bons produtos em um multiculturalismo cativante, a cozinha de um "brasileiro afrancesado": Panela de cobre).
Certo, meu riso ainda não deve fazer muito sentido pra vocês. Mas olhando a bandeja reparei que as madeleines, receita francesa, foram assadas em forminhas francesas, mas que foram compradas nos Estados Unidos e mandadas pra mim aqui no Brasil, o chá, preto, foi cultivado no Sri Lanka (antigo Ceilão), mas enlatado na Inglaterra e então importado para o Brasil, a colher polvilhadeira de açúcar, é prata holandesa do século XIX, acho que totalmente brasileiro só mesmo o açúcar, orgânico em cubinhos. Ah, e a colherinha de chá também, prata brasileira, de contraste 10 dinheiros (usado durante o império, século XIX).
Se sou um "brésilien francisé" não sei, mas hoje em dia vivemos mesmo cercados por influências e produtos do mundo todo, alguns criticam isso, mas eu acho fantástico!

Chás e madeleines

quinta-feira, 19 de março de 2009

ralador de alhos provençal

ralador de alhos provençal

Eis o segredo do tempero das perdizes, alho, ralado neste ralador de alhos provençal, outro presente da minha amiga Chantal. Ralei alguns dentes de alho, sumo de limão siciliano, vinho branco seco, alecrim, sal, pimenta branca do moinho e um pouco daquele meu azeite de limão, algumas horas antes de assar. Não deve dourar demais para que a carne não fique dura e seca. Outra dica legal para perdizes assadas, é usar algumas fatias de bacon sobre elas na hora de assar, ajuda a não deixar a carne seca.
Eu não disse que era simples?

sexta-feira, 13 de março de 2009

detesto lavar louça

lavando louça

Eu já disse aqui que detesto lavar louça? Pois bem, eu detesto, pra mim lavar louça é uma enorme maçada. Depois de lavar louça sinto cada vez perder um pouco da minha dignidade.

quinta-feira, 12 de março de 2009

madeleines

Contam que estes bolinhos teriam sido criados por uma criada de Stanisław Leszczyński (ex rei da Polônia e sogro de Louis XV), o rei em retribuição, deu o nome dela (Madeleine) aos bolinhos. Mas uma história mais detalhada, prefiro deixar com o Sébastian Durand.
Para esta receita, li cerca de 20 receitas de madeleines, e ainda contei com a ajuda de alguns amigos, aproveitando as dicas de todos. No livro "Ducasse de A a Z", o autor descreve as madeleines de forma tão romântica, que eu cismei em querer uma receita que fosse como a que ele descreve, o mais simples possível, sem fermento ou aromatizantes.

madeleines

Madeleines

65g de farinha de trigo
65g de manteiga clarificada*
65g de açúcar
1 ovo e mais uma gema, em temperatura ambiente

Em uma tigela, bata o ovo mais a gema e o açúcar, até que a mistura fique clara e espumosa.
Adicione a farinha peneirada à mistura e mexa com uma espátula. Junte a manteiga e misture. Deixe que a massa repouse por pelo menos 2 horas em um local fresco.
Pré-aqueça o forno a 240°C., unte e enfarinhe a forma de madeleines (batendo bem para retirar o excesso de farinha), coloque a massa num saco de confeitar com bico liso e preencha com a massa os alvéolos da fôrma.
Leve ao forno e passados 5 minutos, reduza a temperatura para 200°C., isto dará às madeleines a tradicional corcova.
Retire do forno quando as madeleines estiverem secas quando espetadas com um palito e quando já estiverem com uma cor dourada.
Solte-as da forma ainda quentes, e deixe que repousem nos alvéolos da fôrma, que deve ser mantida perto do fogão, para que não esfrie muito rápido.
Se desejar, polvilhe-as com açúcar fino.
Para madeleines citronnés, siga o mesmo preparo, adicionando a casca ralada de um limão-siciliano junto ao bater do ovo, da gema e o açúcar.

*Falei sobre como clarificar manteiga no post do molho holandês.

P.S. Antes que me perguntem, a forminha, ganhei de presente de uma amiga minha, Simony, que mora nos Estados Unidos. São difíceis de encontrar aqui no Brasil, mas aqui em São Paulo não é impossível.

sábado, 7 de março de 2009

comida de praia

comida de praia

Voltei para São Paulo ontem, estava com a minha irmã no nosso apartamento do Guarujá, este o motivo da louça diferente, vocês não erraram de blog hehehe.
Minha irmã não é uma dona de casa muito zelosa, para ela, não ter comida nos armários ou na geladeira não é motivo de desespero (hehehe mas pra mim é!). Me virei com o que encontrei por lá, um vidro de palmito em conserva, ervilhas congeladas no congelador da geladeira e havia um único pimentão vermelho na gaveta de vegetais. No armário tinha um pacote de penne e azeite e alho também havia bastante.
Refoguei o alho em azeite até quase dourar, juntei as ervilhas congeladas, o pimentão picado pequeno, e por fim o palmito cortado em rodelas, temperei com sal e pimenta. Incorporei à massa já cozida (em água temperada com sal) e escorrida, reguei com mais azeite e servi, com uma salada de alface, única folha que havia na geladeira.
Ah, até que meu penne com palmito, ervilhas e pimentão não fez feio, bem gostoso e leve pra um dia de calor.

'

"hora do rango"

segunda-feira, 2 de março de 2009

mais Rameau



Ando meio sumido, é fato. Vez em quando sinto necessidade de me desligar de tudo, tenho algumas novidades para contar, presentes que ganhei de aniversário, forminhas de madeleines e cortadores que ganhei da Simony, um ralador de alhos provençal que ganhei da Chantal, mas deixo isso para os próximos posts, daqui alguns dias. Por enquanto deixo só isso, uma das minhas obras favoritas de Rameau, Le Rappel Des Oiseaux, tocada em cravo, é uma das minhas músicas favoritas.