sexta-feira, 29 de junho de 2007
o chocolate
Adoro chocolate, me lembro de quando eu era pequeno, depois da páscoa, sempre picava a casca de ovos de páscoa e derretia para cobrir frutas. Maçãs, morangos, uvas e demais frutas ganhavam uma cobertura escura e deliciosa. Se você quer uma cobertura perfeita, que não derrete facilmente com o toque dos dedos é necessário temperar o chocolate, isto é, basicamente derreter o chocolate(em banho-maria ou no microondas), resfriar o chocolate colocando a tigela dentro de uma tigela maior com gelo, tornar a aquecer o chocolate para então usar, geralmente na embalagem do chocolate explicam exatamente como fazer isso.
Vou publicar duas receitas com chocolate que eu gosto bastante. A primeira é um bolo de chocolate que é feito sem fermento, ele fica fofinho e úmido, é meu bolo de chocolate favorito, o da foto eu recheei com ganache de framboesas, que é como um ganache comum (chocolate derretido com creme de leite fresco) acrescido de purê de framboesas, a receita é do livro da le creuset. A segunda, um chocolate quente delicioso, cremoso e perfeito para dias frios, é de outro livro que gosto bastante, cozinhando para amigos, da Eloisa Bacellar. Eis as receitas:
Bolo de chocolate
150 g de chocolate com 70% de cacau
135 g de manteiga
70 g de farinha de trigo
225 g de açúcar
5 ovos
manteiga e farinha parar untar a fôrma
Aquecer previamente o forno a 160°C. Untar uma fôrma com 1,40 litros de capacidade e polvilhar levemente com farinha.
Cortar o chocolate em pedaços, colocá-los numa tigela que suporte calor, adicionar 135 g de manteiga e derreter em banho-maria. Misturar delicadamente quando o chocolate estiver derretido e retirar a tigela.
Misturar os ovos com o açúcar. Incorporar a farinha, peneirando e misturar tudo com o chocolate derretido.
Despejar a massa na fôrma. Levar ao forno e cozinhar durante 30 minutos. Deixe o bolo amornar antes de desenformar.
Toque moderno:
Se você desejar um bolo macio, diminuir 5 minutos do tempo de cozimento e servir em temperatura ambiente.
Le vrai chocolat chaud
1 fava de baunilha
1 litro de leite
1 xícara de creme de leite fresco
1 pedaço de canela em pau
400g de chocolate meio-amargo em pedacinhos
Corte a fava ao meio no sentido do comprimento, raspe as sementinhas e coloque tudo numa panela com leite, o creme de leite e a canela e aqueça.
Coloque o chocolate numa tigela, regue com o leite fervendo e misture até derreter.
Espere esfriar, cubra e deixe descansar na geladeira por umas 8 horas, ou por até 2 dias.
Aqueça, deixe ferver por alguns minutos, passe para uma leiteira ou para as xícaras e sirva, se quiser, com raspas de chocolate e canela em pau.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
pappardelle com aspargos e limão siciliano
Não é muito fácil encontrar pappardelle fresco nos mercados, ou pelo menos eu não me lembro de já ter encontrado. Penso que o melhor seja fazer em casa, o que é ainda melhor que comprar pronto, usando aquela mesma receita do tópico de massa fresca, só que depois de passar a massa pelo cilíndro se corta a massa com uma faca, deixando bem larga.
Esta receita é de um livro que gosto bastante, "Limão Siciliano, história, uso e receitas", do Charlô. Usando massa fresca o preparo é bem rápido, mas é claro, pode ser feito com outras massas.
Pappardelle com aspargos e limão siciliano
4 aspargos frescos
250g de pappardelle
1/4 de xícara de suco de limão siciliano
2 colheres de sopa de vinho branco
1/2 colher de chá de sal
1 xícara de creme de leite grosso
2 colheres de sopa de raspas de casca de limão siciliano
2 colheres de sopa de salsa picada (usei ciboulette)
Tire o fim dos talos dos aspargos e corte na diagonal em 3 pedaços. Cozinhe em água salgada por mais ou menos 2 a 3 minutos (devem ficar firmes, mas não duros). Retire da panela, passe em água fria e deixe escorrer. Coloque a massa para cozinhar em água e sal. Enquanto isso, misture o suco de limão e o vinho numa panela e deixe reduzir para 2 ou 3 colheres. Acrescente o sal e o creme de leite e deixe reduzir mais um pouco. Tire do fogo e adicione metade das raspas de limão. Estando a massa cozida, misture o creme de limão, os aspargos, a salsa e o resto das raspas.
P.S. Usei somente as pontas dos aspargos mais por questão estética, fazendo isso pode se usar o talo para o preparo de outras coisas, creme de aspargo por exemplo.
sábado, 16 de junho de 2007
a cozinha
Andei afastado por algum tempo, meu computador quebrou e só hoje comprei um novo. Este é um tópico praticamente só com fotografias, para apresentar o lugar onde cozinho todas as receitas que tenho publicado aqui neste blog, minha cozinha. Ela tem proporções liliputianas, mas gosto muito dela, é meu lugar favorito aqui em casa e sinto um pouco de ciúmes quando alguma outra pessoa cozinha lá.
massa fresca
Conheço duas formas básicas de fazer massa fresca, a mais comum e que eu mais uso é simples, basta adicionar um ovo para cada 100 g de farinha de trigo. Espalhar a farinha em um plano de trabalho, fazer uma cova no centro, adicionar os ovos e sovar até que a pasta fique homogênea e elástica, pode usar a batedeira elétrica para sovar, com o gancho de massa, mas eu prefiro fazer manualmente. Depois de sovar, moldar uma bola e deixar descansar por 30 minutos, para então abri-la no cilindro. Abrir a massa não é difícil, comece com a regulagem mais grossa, vá dobrando e polvilhando farinha se necessário, reduzindo a regulagem do cilindro para que a massa fique cada vez mais fina, até a grossura desejada, então cortar.
Há também a massa especial, com mais gemas, a proporção é, para cada 500 g de farinha de trigo adicionar um ovo inteiro e mais 8 gemas(pode fazer a pavlova do post anterior com as claras que sobrarem). Depois seguir o mesmo procedimento da outra receita.
A massa da foto eu fiz com farinha de trigo integral, usei um ovo para cada 100g de farinha e substituí ¼ da farinha de trigo comum por farinha de trigo integral.
Independente da receita usada, é muito gostoso fazer massa caseira, é um tanto trabalhoso, mas não é difícil. Todo trabalho é recompensado pelo sabor, que na minha opinião é melhor que qualquer massa industrializada.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
pavlova
Pavlova é uma sobremesa australiana, recebeu este nome em homenagem à bailarina russa Anna Pavlova. Já fiz várias vezes, hoje a decorei com morangos e amoras, mas também já fiz outras vezes, com morango, kiwi e polpa de maracujá, com as sementes mesmo. Fica uma delícia em ambas as versões. É uma boa opção para usar claras que sobraram de alguma outra receita que usa somente gemas.
Pavlova com frutas frescas
4 claras de ovos
250 g de açúcar
375 ml de creme de leite fresco, batido
frutas frescas para decorar
Pré-aqueça o forno a 150° C. Forre um tabuleiro com papel vegetal. Marque no papel um círculo com 20 cm de diâmetro, para servir de guia.
Coloque as claras de ovo numa tigela grande, limpa e seca, de aço inoxidável ou de vidro. Qualquer vestígio de gordura fará com que as claras não cresçam em castelo. Deixe que as claras fiquem em temperatura ambiente, depois com a batedeira elétrica, bata devagar até que comece a formar espuma, aumente a velocidade até que as bolhas diminuam de tamanho e fiquem uniformes. Quando estiverem em castelo, junte gradualmente, o açúcar, batendo constantemente a cada adição até que a mistura fique espessa e brilhante e o açúcar tenha se dissolvido. Não bata demais senão ficará com grúmulos.
Espalhe a mistura no papel e acerte o círculo, passando com uma espátula à volta dos lados e por cima. Passe uma faca ou espátula por cima e à volta da mistura, para fazer estrias. Isto fortalecerá a pavlova e dará um acabamento mais bonito. Asse durante 40 minutos, ou até que fique claro e estaladiço. Apague o forno e deixe a pavlova esfriar lá dentro com a porta entreaberta. Quando tiver esfriado, decore com o creme de leite batido e as frutas frescas.
Nota: Pode cozinhar previamente o merengue e manter durante a noite num recipiente hermético. Sirva até uma hora depois de decorar.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
crepes para o café-da-manhã
Não costumo tomar café-da-manhã todos os dias, mas quando tenho fome pela manhã, nada me deixa mais feliz que ter um monte de coisas gostosas para poder escolher.
Uma coisa que gosto de fazer e é bem fácil são crepes, quando faço, como eles recheados com creme batido, calda de frutas, nutella ou geléia. Se bem que eles também podem ser salgados...
Esta é a massa básica, serve tanto para crepes doces quanto salgados:
Massa para crepes
90 g de farinha de trigo
1 ovo, mais uma gema de ovo
185 ml de leite
20 g de manteiga sem sal, derretida
Peneire a farinha em uma tigela grande e faça uma cova no centro. Gradualmente, junte os ovos com a gema e o leite e bata até que fique homogêneo e sem grúmulos, Junte a manteiga derretida e transfira para um jarro para facilitar o manuseio. Tape com filme plástico e deixe descansar durante 30 minutos.
Aqueça uma frigideira para crepes ou uma anti-aderente e pincele levemente com manteiga derretida. Coloque um pouco da massa na frigideira e abane para cobrir a base. Coloque o excesso de novo no jarro. Se a massa ficar muito espessa junte um pouco de leite. Cozinhe cerca de 30 segundos até que as bordas comecem a encaracolar, depois vire e cozinhe do outro lado até que fique levemente dourado. Transfira para um prato e tape com um pano. Repita com o resto da massa, untando a frigideira quando necessário.
O crepe da foto era com calda de amoras. Usei amoras congeladas da De Marchi, gosto das amoras, framboesas e mirtilos congelados desta marca, quando não tenho frutas frescas são muito úteis. Para fazer caldas para doces em geral, basta juntar as frutas (que podem estar ainda congeladas) com um pouco de açúcar, levar ao fogo baixo e esperar que as frutas liberem o sumo. Em poucos minutos está pronto.
terça-feira, 12 de junho de 2007
alcachofras
Ontem à tarde estava passando por alguns blogs, num deles vi belas fotos de alcachofras, algumas ainda fechadas e outras já abertas, me deu vontade de comer alcachofras, que eu adoro. Por aqui acho que ainda não é época delas, se é ainda não as encontrei no sacolão.
Acho que a minha forma favorita de comê-las é simplesmente cozidas, molhando as pétalas em azeite com um pouco de sal e depois devorar o coração. Num livro grande e pesado que eu tenho, há um texto e algumas receitas com alcachofras, la tem li uma dica que achei legal: para conservar as alcachofras frescas você deve colocá-las dentro d'água, como faria com um bouquet de flores. Na foto acima, a rodela de limão serve pra evitar que a alcachofra descore(aprendi isso no mesmo livro).
A Katia me passou uma receita, que é uma das poucas formas que acho tão gostosa quando ela daquela forma que citei antes. É basicamente cozinhar as alcachofras já limpas. Enquanto elas cozinham, em uma frigideira alourar uns 2 dentes de alho picados em um pouco de azeite, juntar amêndoas picadas finamente, salsa picada e temperar com pimenta e sal (usei flor de sal). Feito isso, rechear as alcachofras com a mistura do alho e as amêndoas, e levar ao forno por uns 20 minutos. Fica perfeito!
segunda-feira, 11 de junho de 2007
comida caseira
Às vezes o que mais me apetece são comidas bem simples, aquelas comidas que fazemos sem receitas. Hoje fiz uma combinação das que eu mais gosto e que não é raro eu repetir. Sobrecoxas de frango assadas, purê de batatas, mini-cenouras e ervilhas salteadas com manteiga, tem coisa melhor? Pelo menos para mim não tem.
Temperei as sobrecoxas hoje pela manhã, com raspas e sumo de um limão siciliano, um pouco de vinho branco, pimenta branca do moinho, dentes de alho e manjerona, macerados no almofariz com um pouco de sal grosso, até virarem uma pasta. Para o purê cozinhei as batatas já descascadas em água com um pouco de sal, depois de cozidas passei no passe-vite, acho que assim o purê fica melhor, mais liso que se tivesse sido espremido no amassador de batatas, também coloquei um pouco de manteiga e um pouco de leite, antes de acertar o sal e a pimenta. As cenouras eu cozinhei em caldo de legumes que eu mesmo fiz, depois de cozidas e praticamente todo o caldo ter evaporado, juntei um pedaço de manteiga e as ervilhas, destas congeladas, da Bonduelle. Ah, estava perfeito!
tarte tatin
Esta torta criada pelas irmãs Tatin, dizem ter sido inventada graças a um descuido. Ao ver que haviam esquecido de colocar a massa no fundo da torta, a inverteram e serviram assim mesmo, ainda quente.
Já testei 3 receitas desta torta. Esta foi que eu mais gostei, é do livro de cozinha da Le Creuset, fica uma delícia servida ainda morna, com uma bola de sorvete de creme ou então com creme batido com um pouco de açúcar. Você pode usar a mesma receita substituindo as maçãs por pêras, ou até mesmo outras frutas. Eis a receita:
Tarte Tatin(se pronuncia tatan)
1,2 kg de maçãs
80 g de manteiga à temperatura ambiente
175 de farinha de trigo
1 gema de ovo
25 g de açúcar de confeiteiro
200 g de açúcar em pó
Peneirar a farinha sobre um plano de trabalho, adicionar a manteiga e incorporá-la trabalhando com as pontas dos dedos para obter uma mistura de aspecto arenoso.
Fazer uma abertura no centro da massa, colocar uma pitada de sal, 1 colher de sopa de água, açúcar de confeiteiro e uma gema de ovo. Dissolver o sal na massa com as pontas dos dedos e em seguida misturar rapidamente todos os ingredientes, trabalhando pouco a massa. Formar uma bola e deixar descansar 1 hora na geladeira.
Tirar o centro das maçãs com a ajuda de um extrator de polpa de maçã, Descascar e dividi-las ao meio.
Despejar o açúcar em pó em uma fôrma para tarte tatin ou frigideira com cabo metálico e 25 cm de diâmetro. Cobrir com água e deixar derreter o açúcar em fogo brando, em seguida ferver e deixar cozinhar até formar um caramelo dourado. Retirar do fogo e deixar esfriar.
Aquecer o forno a 170°C.
Quando o caramelo estiver condensado, dispor as meia-maçãs bem juntas na fôrma, com o lado arredondado para baixo. Cobrir com papel alumínio e levar ao forno.
Quando as frutas estiverem macias e coradas, retirar a fôrma do forno e deixar esfriar.
Aumentar a temperatura do forno a 200°C. Abrir a massa com um rolo de massa e cortar um círculo de 25 cm de diâmetro. Cobrir as maçãs com a massa e furá-la com uma faca. Voltar a fôrma ao forno e cozinhar durante 15 minutos ou até a massa corar.
Deixar amornar durante 10 minutos e em seguida desenformar a torta em um prato.
Se antes de desenformar, a torta estiver completamente fria, aquecer a fôrma em fogo alto por alguns minutos.
a balança
Quando comecei me interessar em aprender a cozinhar eu não tinha uma balança, em vários dos meus livros de receitas, os ingredientes eram fracionados em gramas. Sempre há formas de adaptar as medidas para xícaras ou colheres, ou ainda acabar fazendo a receita sem medidas, eu pensava que uma balança era algo desnecessário. Até que um dia resolvi comprar uma, agora vejo o quão útil é este utensílio, seja digital, analógica, de metal ou plástico, hoje julgo necessário ter uma balança na cozinha. Uso a minha quase que diariamente.
sábado, 9 de junho de 2007
torta de cebola e tomates cereja
Sempre acho que é válido modificar um pouco as receitas, seja para substituir um ingrediente que você não tem ou então para adequar a receita ao seu gosto pessoal.A não ser em receitas tradicionais, estas não devem ser modificadas. A receita original desta torta se chamava "torta rústica de cebola e tomate cereja", quem me passou foi uma amiga chamada Katia Maluf, que tem um site chamado on food and drinks. A primeira vez que eu fiz a torta, fui mais fiel à receita, mas como não tenho processador (desde que aquele trambolho do mega-master quebrou), macerei as ervas da massa no pilão, pode parecer arcaico, mas achei que o resultado ficou melhor que se eu tivesse feito no processador.
Outro dia resolvi fazer a torta novamente, mas pensei: Por que não fazer em uma fôrma de torta?
E foi o que eu fiz. Eis a receita já adaptada ao modo como eu fiz:
Torta de cebola e tomate cereja
para a massa:
1 ½ xícara de chá de farinha de trigo
1 xícara de chá de salsa
1 galho de alecrim
100g de manteiga gelada em cubinhos
1 ovo
uma pitada de sal
para o recheio:
30 g de manteiga
2 cebolas grandes em fatias finas
¼ de xícara de chá de vinho do Porto
1 colher de chá de açúcar
1 bouquet de ervas (1 folha de louro, 4 ramos de salsinha, 3 ramos de tomilho)
tomates cereja o quanto baste para cobrir a torta
50g de queijo parmesão em lascas finas
Sal e pimenta do reino
Massa:
Macere a salsa e as folhas de alecrim num pilão, peneire a farinha e o sal em uma tigela grande, junte as ervas maceradas e a manteiga. Com os dedos, esfregue a manteiga na farinha ate formar uma mistura esfarelada. Junte o ovo e trabalhe rapidamente a massa até que fique homogênea. Enrole em filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos.
Recheio:
Numa frigideira em fogo médio, derreta a manteiga. Junte as cebolas e uma pitada de sal. Quando as cebolas ficarem translúcidas, adicione o vinho do porto, o açúcar e o bouquet de ervas. Cozinhe até que as cebolas fiquem douradas e brilhantes, ligeiramente caramelizadas. Acerte o sal e a pimenta do reino. Retire do fogo e deixe esfriar.
Aqueça o forno a 180 graus.
Corte os tomatinhos em fatias de 0,5 cm de espessura e reserve.
Retire a massa da geladeira. Com um rolo, abra a massa e cubra uma fôrma de 20cm de diâmetro, passe o rolo nas bordas para cortar a massa. Espalhe as cebolas sobre a massa e sobre elas o manjericão e as lascas de parmesão. Cubra com as fatias de tomate, compondo uma rosa. Polvilhe os tomates-cereja com sal e pimenta do reino e regue com um fio de azeite. Leve a torta ao forno por aproximadamente 30 minutos, ou até que os tomates estejam cozidos e a massa esteja crocante e ligeiramente dourada. Retire do forno e pode servir tanto quente quanto fria.
bouquet garni e herbes de provence
Adoro fazer bouquets garni, não sei bem porque, mas fico feliz em tentar deixá-los cada vez mais bonitos e perfeitos. Pelo que eu já li não há uma regra sobre quais ervas usar, depende do que vai ser cozido. Normalmente faço eles com uma folha de louro, uma folha verde de alho-poró, um talo de salsão e raminhos de tomilho. Mas também já fiz bouquets garni que levaram além destas ervas que eu citei, salsa, ou alecrim ou ainda estragão. É mais ou menos como as ervas da Provença, não há uma regra para a combinação das ervas. As ervas mais importantes da Provença são, tomilho, sálvia, alecrim, manjericão, segurelha, estragão, funcho, manjerona, orégano e louro.
A combinação de ervas chamada "herbes de provence" geralmente leva 3 ou 4 ervas e são compostas conforme o gosto do produtor. Há algum tempo minha mãe comprou um potinho de ervas da provença secas, da Fauchon, não me lembro exatamente que ervas eram usadas, mas me lembro que além de ervas também haviam flores de lavanda, também tão comuns na Provença.
Bom, o motivo deu escrever este post é dizer que eu adoro usar ervas, ervas aromáticas quase todas podem ser usadas sem medo quando você cozinha, tente colocar um bouquet garni num cozido, caldo ou sopa que você esteja fazendo e vai ver como faz toda diferença.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
bolo de limão siciliano
Fiz este bolo outro dia, para o café da manhã, estranhei que ele ficou um tanto pálido(talvez por culpa do meu forno, que está pedindo aposentadoria há anos) mas no teste do palito vi que já estava bem cozido. Ficou bem fofinho e saboroso, depois de desenformar cobri ele com fondant de açúcar. A receita é do livro "limão siciliano, história, uso e receitas".
Bolo caseiro de limão siciliano
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento
1 colher de café de sal
200g de manteiga
1 xícara de açúcar
2 ovos
raspas da casca de 2 limões sicilianos
4 colheres de sopa de suco de limão siciliano coado
Preaqueça o forno a 180°. Numa tigela média, peneira a farinha, o fermento e o sal. Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar, em velocidade média, até que a mistura fique clara e fofa. Adicione os ovos um a um, batendo bem depois de cada adição. Junte as raspas de limão. Mantenha a batedeira em velocidade baixa, e vá adicionando alternadamente o suco e a farinha. Continue batendo até a massa ficar bem homogênea. Coloque numa fôrma untada e enfarinhada. Asse por cerca de 1 hora, ou até que, ao enfiar um palito, ele saia seco.
ratatouille
Boa receita para vegetarianos, para não vegetarianos também. Fica ainda melhor quando preparado na véspera.
Ratatouille
4 abobrinhas pequenas
2 berinjelas
2 pimentões vermelhos
2 pimentões verdes
4 tomates maduros
2 cebolas
3 dentes de alho
8 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta moída na hora
1 bouquet garni: salsa, alecrim, manjerona, tomilho, estragão e segurelha
Corte as abobrinhas em rodelas de 1 cm de espessura, corte as berinjelas em cubos. Corte os pimentões ao meio, retire as sementes e corte-os em pedaços, Escalde o tomate e retire-lhe a pele, corte-o em quartos. Corte as cebolas em pedaços pequenos e pique o alho.
Aqueça previamente o forno a 180° C.
Aqueça o azeite numa panela grande e doure as cebolas. Junte as berinjelas e o pimentão. Em seguida, junte as abobrinhas e o tomate. Tempere os legumes com sal, pimenta e polvilhe com o alho picado. Misture bem, mas cuidadosamente os legumes e coloque o bouquet garni em cima e tape a panela.
Leve a panela ao forno durante 1 hora para cozer. Ou então, leve a panela tapada a estufar em fogo baixo, durante 50 a 60 minutos. Retire o bouquet garni e sirva a ratatouille.
Quer cozinhe os legumes juntos, quer cozinhe à parte, a ratatouille não só é um ótimo acompanhamento quente ou morno para carnes ou peixe, como também é um delicioso prato principal. Em dias quentes deveria experimentar este prato frio como entrada refrescante.
torta de tomates
Sou apaixonado por tomates, se eu tivesse que escolher somente 10 ingredientes, para preparar todas as minhas refeições futuras, certamente o tomate estaria entre estes ingredientes. Esta receita é da Fernanda Guimarães Rosa do blog Chucrute com salsicha, a encontrei na coluna que ela assina na revista Paradoxo, leva tomate que eu adoro, gruyère que é um dos meus queijos favoritos, usei mostarda de Dijon à l'ancienne (aquela com grãos) e manjericão que eu mesmo plantei, não poderia dar errado, não? Eis a receita:
Torta de tomates da Fezoca
2 tomates grandes e maduros
queijo gruyère ralado
mostarda de Dijon
sal
ervas frescas picadas
azeite
massa para torta (Usei a receita de pâte brisée que eu publiquei no post anterior)
Abra a massa com o rolo e forre uma forma redonda de 23cm.
Asse com um peso na base (Pode usar grãos de feijão, coloque uma disco de papel vegetal sobre a massa e cubra com grãos de feijão, assim o vapor não forma uma bolsa de ar sob a massa)e deixe esfriar. Corte os tomates em rodelas grossas e forre a base da massa com uma camada fina de mostarda. Coloque por cima uma camada grossa de queijo Gruyère ralado e sobre eles os tomates.
Asse até os tomates ficarem bem cozidos. Retire do forno, salpique com sal e ervas e regue com um fio de azeite.
Pode servi-la tanto quente quanto fria.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
pâte brisée e pâte sucrée
Primeira receita deste blog, também foi uma das primeiras coisas que eu aprendi a fazer na cozinha. Esta massa é base para várias receitas de tortas, biscoitos et cetera. Ela é bem maleável, você consegue facilmente abri-la bem fininha, assim como eu gosto. Minha mãe tinha certa inveja porque a minha massa de torta era melhor que a dela. Na foto, pâte sucrée que eu fiz outro dia para uns biscoitos com geléia de morango, a carretilha era da minha avó Marietta, e ainda está em uso.
Pâte brisée e pâte sucrée
200 g de farinha de trigo peneirada
1 colher de chá de sal
100 g de manteiga sem sal, em cubos
1 ovo
cerca de 2 colheres de chá de água
Misture a farinha e o sal, junte a manteiga esfregando com os dedos, junte o ovo e a água suficiente para dar liga. Enrole em filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos. Rende 400g.
Para a pâte sucrée adicione 1 colher de sopa de açúcar refinado com o sal.
as panelas
Há algum tempo tenho vontade de criar um blog, para publicar receitas e outras coisas relacionada àquele, que talvez seja meu maior interesse, a cozinha. Eu não sabia qual nome dar a este blog, pensei, pensei e cheguei a este nome, "panela de cobre", por que não? É um dos utensílios da minha cozinha pelo qual mais tenho apreço. É engraçado, há algum tempo vi uma foto da cozinha do château de Chenonceau e pensei: Oh, eu quero uma cozinha assim, cheia de panelas de cobre penduradas! É claro que ainda não consegui ter tantas panelas de cobre quanto Chenonceau, mas já tenho quatro panelas e uma frigideira de cobre penduradas na parede da cozinha, sempre fico feliz quando as vejo brilhando, assim como espelhos.
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