domingo, 26 de abril de 2009
ovo poché
Sempre tive vontade de fazer o mítico ovo poché, e assumo, já estraguei pelo menos 5 ovos tentando, em vão. Não é tão simples quanto parece, algumas regras devem ser observadas.
Esta semana finalmente consegui, quem me ajudou bastante, foi Dona Lourdes, mãe da minha amiga Luciana Damschi. Luciana me contou que o avô dela, um alemão de nome Hermann, trouxe o hábito de comer ovos poché em 1902, quando veio para o Brasil, ele comia sempre ovos poché, nunca fritos ou preparados de outra maneira.
Então, seguindo as dicas de Dona Lourdes, faça da seguinte maneira:
Ovos o mais frescos possível, se morar no interior e tiver galinhas, melhor ainda. É importante também que os ovos estejam à temperatura ambiente (e nunca gelados).
Leve água acidulada com vinagre branco em uma panela ao fogo, a água deve ferver, mas ser mantida em fogo baixo. Quebre o ovo para uma xícara ou concha, agite a água com o garfo, de forma que se forme um rodamoinho no centro, o ovo deve ser colocado ao centro do rodamoinho, o mais próximo possível da superfície da água. Assim que notar que a clara está cozida, com uma escumadeira ou colher furada, retire da água, corte alguma eventual rebarba da clara e ele ficará assim, parecendo uma mozzarella de búfala, e quando a clara é partida, eis a surpresa, o amarelo da gema é libertado.
Não é lindo? É só polvilhar com sal e pimenta-preta e uma coisa que adoro é fazer exatamente da forma como fiz na foto, comê-lo com brócolis cozido em água um pouco salgada, e um pedaço de pão. É simples, mas já é uma refeição completa.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
aceita uma xícara de chá?
É earl grey (chá preto aromatizado com óleo bergamota). É tão bom sentir um sabor cítrico neste fim de tarde tão frio e lúgubre.
Preferem com ou sem açúcar?
P.S. Para ouvir, minha sonata favorita de Scarlatti.
domingo, 19 de abril de 2009
as tampas, os tachos e as panelas
Arrumei um lugar paras as tampas e o trio de pequenos tachos, mas querer fazer as coisas a olho acaba nisso, errado, as tampas deveriam ter ficado mais à direita e os tachos mais abaixo um bocado.
Furo a parede novamente ou deixo assim mesmo? Eis a questão...
Em alguns anos espero poder competir com a cozinha do château de Chenonceau, em quantidade de utensílios de cobre, hehehehe. :)
quinta-feira, 16 de abril de 2009
música na cozinha
Mudando um pouco das óperas francesas (minhas favoritas), eis uma italiana, La serva padrona, ópera buffa de Giovanni Battista Pergolesi, na versão da diretora brasileira Carla Camurati ela se passa numa cozinha. A música de Pergolesi é uma delícia, nesta versão mesmo quem não tem muita intimidade com ópera passa a gostar, foi assim comigo! Passei a me interessar bem mais por ópera depois de assistir La serva padrona :)
Não é raro eu ouvir esta aria enquanto cozinho, ou então a aria "a Serpina penserete".
A história é de uma criada mandona (Serpina), que tenta fazer de tudo para virar patroa, até mesmo seduzir o patrão (Uberto), pra isso conta com a ajuda do criado Vespone (que é mudo). A pesar de só contar com 3 personagens, é divertidíssima!
terça-feira, 14 de abril de 2009
tian de legumes
Eis uma coisa simples mas que sempre impressiona pelo sabor, tian de legumes, prato típico da Provença. Não vou nem me dar ao trabalho de escrever uma receita muito detalhada, porque é o tipo de coisa que se faz sem usar receita. Refogue em azeite uns 2 dentes de alho bem picados e meio pimentão vermelho também cortado pequeno. Numa travessa coloque o alho e o pimentão refogados, salpique com ervas (pode ser tomilho, manjerona, alecrim, quais você preferir) e sobre eles, disponha fatias (com cerca de meio centímetro de espessura) de tomates, berinjela e abobrinha (de preferência a italiana, se possível, aquelas da casca bem verde), tudo com casca mesmo, somente fatiado. Salpique com sal, pimenta preta do moinho e regue com bastante azeite. Agora é só levar ao forno pré-aquecido à temperatura média e deixar até que os legumes estejam cozidos. É ótimo acompanhamento para carnes grelhadas.
Acima o alho e o pimentão, e folhinhas de tomilho. A primeira foto, era do tian antes de ir pro forno :)
segunda-feira, 13 de abril de 2009
almoço de domingo
Se lembram da serralha? Perdi o preconceito e dessa vez ela foi pra salada, junto com algumas folhas de rúcula e tomatinhos cereja. Pretendo fazer isso mais vezes, gostei bastante! E talvez numa próxima vez até faça serralha refogada no alho, como me indicaram no post que comentei sobre ela.
Nhac!
E a massa com o ragu ficou assim, o molho foi pro fogo mais ou menos às 8:30 de ontem, cozinhou até a hora do almoço, em fogo baixo, a carne, um pedaço de músculo, depois deste tempo já estava se desmanchando e o molho com um sabor ótimo. E pra completar, aquela frase também da minha avó Marietta, macarrão sem queijo é como amor sem beijo :)
domingo, 12 de abril de 2009
pappardelle fresco
Minha avó Marietta já dizia, domingo é dia de macarrão, mas a massa eu me precavi e já fiz no sábado, e o molho já está no fogo. Talvez vocês esperassem algo mais especial já que é páscoa, mas como estou passando a páscoa sozinho, a única coisa que me animei a fazer foi massa fresca, que já havia mais de um ano que eu não fazia. Usei aquela medida básica de 1 ovo para cada 100g de farinha, e um pouco de azeite também. Se você for homem, tem vantagens na hora de fazer massa, porque a massa é realmente pesada e é preciso força para sová-la até ficar homogênea. É importante também deixar que a massa descanse, por no mínimo 30 minutos antes de abrí-la no cilindro, mas sobre massas eu já falei melhor n'outro post.
Cortei parte da massa em pappardelle, que é essa massa bem larga e outra parte em trenette, que deixei secar um pouco e congelei para outro dia, massa fresca é uma coisa que congela muito bem. Não é linda a massa secando no espaldar da cadeira? :)
Agora deixe-me voltar pra cozinha que meu ragù está no fogo!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
o prazer das pêras
Além de escolher tomates (que para mim devem ser sempre maduros), outra coisa que me dá grande prazer é escolher pêras. As Williams são as que eu mais gosto (diferente da minha mãe, que prefere as portuguesas) , escolho na gôndola sempre as pêras mais perfeitas (ainda um pouco verdes), mas não são para serem consumidas na hora. Elas devem ficar na fruteira, sobre a mesa da cozinha por 2 ou 3 dias, são quando ficam perfeitas. Aí está o prazer, comer pêra suculenta, que quando mordemos uma grande gota de sumo de pêra escorre pelo canto da boca, é um prazer que adoro :)
quarta-feira, 8 de abril de 2009
tomates
terça-feira, 7 de abril de 2009
potage cressonnière
Mais outra sopa, super fácil de fazer e bastante saborosa.
Potage cressonnière
500g de batatas
um maço de agrião
1,5 l de água
100g de creme de leite espesso (também conhecido como "nata" no sul do país)
sal e pimenta preta
Descasque, e corte as batatas em pedaços, grosseiramente, leve ao fogo em água temperada com sal. Deixe ferve e reduza o fogo, cozinhe por cerca de 30 minutos.
Lave o agrião, separe os talos das folhas, pique-os e reserve algumas folhas para a decoração.
Junte o agrião às batatas e deixe cozer mais 10 ou 15 minutos. Bata no liquidificador ou usando um hand-mixer, junte o creme de leite e acerte a pimenta e o sal.
Transfira para uma sopeira previamente aquecida, decore com as folhas de agrião e sirva!
Potage cressonnière
500g de batatas
um maço de agrião
1,5 l de água
100g de creme de leite espesso (também conhecido como "nata" no sul do país)
sal e pimenta preta
Descasque, e corte as batatas em pedaços, grosseiramente, leve ao fogo em água temperada com sal. Deixe ferve e reduza o fogo, cozinhe por cerca de 30 minutos.
Lave o agrião, separe os talos das folhas, pique-os e reserve algumas folhas para a decoração.
Junte o agrião às batatas e deixe cozer mais 10 ou 15 minutos. Bata no liquidificador ou usando um hand-mixer, junte o creme de leite e acerte a pimenta e o sal.
Transfira para uma sopeira previamente aquecida, decore com as folhas de agrião e sirva!
quinta-feira, 2 de abril de 2009
velouté de abobrinha
Estava vendo os links salvos nos meus favoritos, quando encontrei este aqui, que a Vera do cerâmica edição limitada me mostrou um dia, enquanto conversávamos pelo messenger. Acho que salvei o link por dois motivos, a receita é claro e também pela louça, tão bonita, uma das minhas favoritas da Gien, a namoro faz tempo, mas não tem cabimento eu pensar em comprar mais louças hehehe...
A descrição do preparo é bem simples: Faça uma sopa, à vossa maneira, com algumas abobrinhas, batatas, um cubo de caldo. Bata com o handmixer, com algumas folhas de hortelã... acerte o sal, a pimenta e deguste!
Simples não?
Bom, a minha maneira foi a seguinte: Refoguei em azeite meia cebola picada, até ficar translúcida, juntei 2 batatas descascadas e cortadas em cubos, e as cobri com caldo de legumes, caseiro, com um pouco de sal. Deixei ferver, baixei o fogo e lá deixei até a batata cozer, então juntei 3 abobrinhas, cortadas em cubos e ainda com a casca. Mais uns 10 minutos no fogo e bati tudo no liquidificador, com algumas ervas da hortinha. Infelizmente a minha hortelã morreu, então usei outras ervas. Mas a sopa ficou bem gostosa, acabei de tomar, aqui mesmo na escrivaninha, pra contar pra vocês :)
quarta-feira, 1 de abril de 2009
a rosa é uma rosa...
A rosa é uma rosa
E sempre foi rosa.
Mas hoje se usa
Crer que a pêra é rosa
E a maçã vistosa
E a ameixa, uma rosa.
Pergunta a amorosa
Que mais será rosa.
Você, claro, é rosa –
Mas sempre foi rosa.
A rosa é uma rosa, mas diferente do poema ("A família da rosa") de Robert Frost, ela nem sempre foi rosa, ela já foi açúcar. E não, não é uma daquelas flores em pasta americana, é uma técnica chamada pastillage, que diferente da pasta americana, não leva nenhum tipo de gordura e depois de seca, endurece, como um torrão de açúcar. Não vou publicar a receita, mas adianto, usei somente 3 ingredientes, vinagre branco (de álcool), açúcar e folhas de gelatina. Ah, sim, também algumas gotas de essência de baunilha. Depois de secar, o único sabor que irão sentir é o de açúcar, nenhum ranço de gordura vegetal grudando no céu da boca, como acontece com a pasta americana. Usando a mesma pasta, fiz também alguns confeitos de açúcar e marcadores de mesa. Mas sobre isso eu falo num próximo post.
P.S. Hehehe, as folhas não, não são feitas de açúcar, são folhas naturais da minha roseira.
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